quinta-feira, 30 de abril de 2015

Lições aprendidas com a violência da PM no Paraná

A repressão do governador Beto Richa e a Polícia Militar do Paraná aos professores contrários ao projeto de lei que altera a previdência estadual, nos deu uma aula com exemplos concretos que não vemos na escola.

Aula de Matemática:
- 200 feridos por balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio, sprays de pimenta e jatos d’água.
- 17 policiais presos por recusa a participar do cerco aos professores.

Aula de História:
- Em 30 de agosto de 1988, professores em greve foram recebidos pela cavalaria da polícia militar, cães e bombas de efeito moral. O hoje senador, Alvaro Dias (PDSB), era o governador do Paraná. Até então, era a pior repressão já vivida no estado.

Aula de Química:
- O gás lacrimogênio, do latim lacrima, trata-se de um grupo de compostos de propriedades, como seu próprio nome sugere, capazes de irritar a pele e tecidos sensíveis, como os olhos. Quimicamente, o gás CS, abreviatura para clorobenzilideno malononitrilo, é um exemplo.
- De custo mais baixo, o spray de pimenta está entre os mais populares. Outros compostos também podem ser utilizados para esse fim, como o cloro-acetona e o bromo-acetona.

Aula de Português:
- Confronto: ato ou efeito de confrontar, comparar, cotejar, confrontação, comparação.
- Massacre: ação ou efeito de massacrar. Carnificina, chacina, matança. Execução desajeitada, insegura.

Professores acostumados a ensinar foram ensinados a se acostumar com a repressão policial que ocorre frequentemente em manifestações por todo o Brasil. De norte a sul, de leste a oeste, a polícia usa de força excessiva para coagir os que lutam por seus direitos.


Com exceção dos 17 policiais que se recusaram a participar do cerco aos manifestantes, o restante dos militares merece nota 0 por agredir aqueles que lhes ensinaram o caminho correto para tirar nota 10 na escola e principalmente na vida.



Foto: Paulo Lisboa                                                                           

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